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quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Tragédia na Várzea de Setúbal 

Pouco depois de se ter deitado o lavrador, proprietário da Quinta  do Paraíso acordou sobressaltado com uma discussão que a sua cozinheira estava a ter com alguns cavaleiros que tinham chegado à porta de sua casa. 

Apercebendo-se do que se estava a passar e temendo pela vida, antes que entrassem na casa, o lavrador saltou por uma das janelas e correu pelo campo, em trajes menores, tentando fugir-lhes. 

A lua traiu-lhe e foi avistado por um dos elementos do grupo que deu o alerta e, galopando, os cavaleiros acabaram por o apanhar. 

Naquele ano de 1833, quando o país combatia numa sangrenta guerra civil, Setúbal já estava adormecida quando o grupo de cavaleiros apoiante do partido Miguelista entrou aqui transportando uma alcofa com o cadáver esquartejado do lavrador, um conhecido membro Liberalista. 

O ódio político e o fanatismo conseguem fazer destas coisas, como aqui se relata de forma sucinta e que poderá ler com mais pormenor dentro em breve, quando em Abril for apresentado “A ÚLTIMA FRONTEIRA” um livro  com factos, histórias, curiosidades e assuntos do mais variado interesse abarcando a rica e outrora produtiva zona da Várzea de Setúbal. 

Rui Canas Gaspar 

livrosdorui.blogspot.com 


2018-janeiro-25

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