notícias, pensamentos, fotografias e comentários de um troineiro

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Em Setúbal precisamos pessoal para trabalhar 

Constato por observação direta e confirmo ao falar com empresários setubalenses a grande dificuldade que o concelho está a ter no recrutamento de mão-de-obra para desenvolver convenientemente os seus negócios e isto é válido para o comércio, indústria ou serviços. 

Se por um lado a procura turística por esta região de certo modo aumentou, o facto é que aqui não se radicou gente suficiente para fazer face a essa procura, notando-se até que alguns que cá residiam optaram por daqui partir em busca de uma vida melhor. 

Os imigrantes que afluíram a esta região também na sua generalidade não estão aptos a serem parte da solução do problema, seja por falta de habilitação adequada ou por aqui chegarem com vistos de turista e não ser fácil a sua legalização.

Assim sendo, cada vez observamos mais os anúncios a pedir pessoal para trabalhos na construção civil, no comércio e na indústria hoteleira, desconhecendo eu a situação na indústria pesada, embora saiba que aí operam também muitos trabalhadores estrangeiros. 

Os nossos experts governantes terão de dedicar urgente atenção a este fenómeno sob pena do nosso setor turístico, por falta de pessoal, não venha a cair com a mesma velocidade com que tem vindo a subir. 

Quanto às causas para o fenómeno, elas são várias, apontando os inadequados salários, a quebra de fertilidade e a emigração de entre outros que os entendidos melhor saberão identificar. 


Uma coisa é certa, pessoal para trabalhar está difícil de encontrar, aparecendo isso sim alguns candidatos à procura de emprego!... 

Rui Canas Gaspar 

troineiro.blogspot.com 


2017-novembro-28

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Coisas de Setúbal 

No dia 3 de dezembro de 2009 era inaugurado o novo Mercado Abastecedor de Setúbal, numas instalações arrendadas na altura por 11 000 euros mensais.

O novo mercado prestes a fazer oito anos fica localizado na periferia da cidade de Setúbal, entre as Pontes e Alto da Guerra na Estrada nacional Nº 10.

Movido pela curiosidade hoje, dia 23 de novembro de 2017, fui observar o que resta de uma velha nora existente num amplo terreno onde até à data da inauguração deste mercado funcionou aquele outro que foi substituído pelo novo.

O espaço do desativado mercado fica junto ao quartel da Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal e encontra-se completamente abandonado e sem que lhe seja dada qualquer utilidade, nem que fosse para os treinos daquela Companhia.

Dali já sumiu sem deixar rasto a vedação metálica, as tampas de ferro forjado dos coletores e quase tudo o que era metal, tendo-se apenas salvo um pouco das ferragens da antiga nora.

Curiosamente, despertou-me a atenção um pequeno espaço coberto de matagal e com alguns montes de entulho à volta. Ali podia-se ver uma pequena calçada feita com bem cortados cubos de granito e sobre uma base a placa que assinalava a data da inauguração.

Fosse porque motivo fosse, o que não é muito normal nestas coisas é não aparecer o nome de quem inaugurou o espaço. No entanto, a placa de mármore que por lá está desprezada contem a seguinte inscrição: “Mercado Grossista de Setúbal - Obra da Câmara Municipal – 8.11.93”

De facto a nossa cidade tem cantos e recantos que nos continuam a surpreender, umas vezes pela positiva, outras pela negativa e outras até que nos deixam a pensar!...

São coisas de Setúbal.

Rui Canas Gaspar

2017-novembro-23


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segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Os franceses continuam a invadir Setúbal 

Não é a primeira vez que os franceses invadem Setúbal e provavelmente também não será a última. 

Já lá vão alguns anos que com as invasões francesas ordenadas por Napoleão Bonaparte por cá estiveram, tendo-se instalado por uns tempos até serem expulsos devido à sua indecente e má figura.  Mais tarde, porque a sardinha lhes faltou nas costas da Normandia, vários dos seus industriais aqui vieram assentar arraiais, tendo então instalado várias fábricas de conservas de peixe. 

Nos últimos anos tem sido o sol e a água salgada que lhes tem despertado o apetite e, Setúbal voltou a ser redescoberta, desta vez para os mais velhos aqui passarem longas temporadas. 

Primeiramente foram as casas na zona do Bairro Salgado que lhes despertou o apetite e, logo trataram de as comprar e recuperar, depois avançaram um pouco por toda a baixa da cidade. Alguns preferindo outro tipo de habitação começaram a adquirir apartamentos na Quinta da Saboaria, aquela que é a última urbanização a poente da cidade, localizada na estrada que vai para a Albarquel, urbanização que já começa a ser conhecida  por “bairro dos franceses”. 

Não é pois de admirar que de há uns tempos a esta parte seja comum escutarmos um pouco por toda a cidade conversas em língua francesa. 

Hoje mesmo, tive oportunidade de observar um grupo de quase duas dezenas de seniores gauleses que se divertiam no Parque Urbano de Albarquel com os jogos tradicionais, que iam do lencinho ao jogo de tração. 

É assim, Setúbal está na moda e não é por acaso que a cidade se encontra em franca expansão com largas dezenas de edifícios a serem recuperados, com restaurantes com muito boa afluência e com muitos anúncios afixados procurando empregados para os respetivos estabelecimentos. 

Temos de continuar a tratar bem a nossa cidade, a fomentar o turismo, a divulgar por todos os meios ao nosso alcance esta nossa boa terra, de forma a podermos gerar emprego para todos, de modo a que cada um dos nossos conterrâneos possa ganhar o suficiente para ter a qualidade de vida a que tem direito de acordo com a sua aptidão e esforço despendido. 

Em Setúbal já vivem pessoas oriundas de mais de seis dezenas de países do mundo, vindas de vários continentes. Mas, os europeus que descobriram ou redescobriram esta cidade maravilhosa foram de facto os franceses que continuam a invadir Setúbal. 

Rui Canas Gaspar 



2017-novembro-13

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Em Setúbal 25 anos depois, nova obra vai acontecer 

Há 25 anos quando a Praça Miguel Bombarda, o popularmente conhecido Largo de Jesus se encontrava em miserável estado com o piso em terra batida e onde na época das chuvas mal se podia circular, os setubalenses insurgiam-se contra esta inqualificável situação. 

Aproveitando o fluxo de apoios comunitários o socialista presidente da Câmara, Manuel da Mata de Cáceres, decidiu promover uma empreitada com vista a requalificar aquele largo de que resultaram os arranjos exteriores que ainda hoje podem ser observados. 

O tempo encarregar-se-ia de mostrar que a solução arquitetónica não foi a melhor tendo o local sido rapidamente transformado num parque de skate pela rapaziada e a escondida cascata transformada num local onde muitos vão urinar e defecar. 

Para além destes pormenores temos um muro que dificulta a visibilidade do monumento não o colocando em destaque como seria de supor. 

O curioso é que estes trabalhos no valor de noventa milhões trezentos e cinco mil novecentos e três escudos, qualquer coisa menos do que quinhentos mil euros, foram aprovados por unanimidade pelo executivo municipal, ou seja, por representantes de todos os quadrantes políticos. 

Um quarto de século passado, de novo se anuncia a remodelação daquele largo, desta vez apontando-se para o destaque do imponente monumento, colocando nele o foco principal de todo o espaço envolvente. 

Faço votos para que a comunista Maria das Dores Meira, presidente da Câmara Municipal de Setúbal tenha mais sorte com o projeto que irá ser aprovado para o Largo de Jesus e que todos nos possamos regozijar com aquilo que ali vai ser feito e, já agora, que esses trabalhos possam ficar por mais tempo do que uns meros 25 anos, pouco tempo para tanto dinheiro despendido. 

Rui Canas Gaspar 

2017-novembro-09 


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quarta-feira, 8 de novembro de 2017

A gigantesca árvore de natal setubalense já está a ser erigida 

Quando se trata de piadas onde mete gente indolente, regra geral o alvo preferido dos portugueses são os nossos amigos alentejanos. É claro que isso não os afeta e, até brincam com as anedotas que contam a seu respeito. 

Hoje conheci pessoalmente um alentejano, setubalense de coração, que certamente não será o melhor representante deste bom povo, dado que de indolente ele não tem nada.

Já nos conhecíamos do facebook e hoje encontramo-nos pessoalmente e aproveitamos para trocar dois dedos de conversa, pouco tempo, porque ambos tínhamos mais que fazer! 

Capacete na cabeça, colete refletor e luvas, aí estava ele em ação conjuntamente com uma equipa de pessoal que preparava a base da gigantesca árvore de natal que está a ser montada em Setúbal, na Avenida Luísa Todi. 

Este ponto de atração irá atingir uma altura ligeiramente acima do recuperado prédio do arco da Ribeira Velha, de sua propriedade, e os custos financeiros desta monumental estrutura natalícia serão suportados por este dinâmico investidor, que já vai com meia dúzia de edifícios recuperados ou em fase de recuperação, só na nossa cidade. 

A encimar a árvore será colocada uma grande estrela luminosa e será também junto à mesma que ficarão patentes diversas fotos captadas na baixa de Setúbal por talentosos fotógrafos amadores, no âmbito de um concurso promovido por uma das suas empresas. 

Este foi um agradável encontro onde tive o prazer de conhecer pessoalmente alguém que embora fale bem, faz muito mais e melhor em prol desta dinâmica e imparável cidade de Setúbal. 

Tive muito prazer em conhecer pessoalmente o meu amigo Constantino Modesto, um homem que de indolente nada tem, tal como a generalidade daqueles outros oriundos das grandes planícies alentejanas. 

Rui Canas Gaspar 



2017-novembro-08

sábado, 4 de novembro de 2017

Quem quer fazer um pequeno exercício? 

Se olharmos para a entrada do Convento de Jesus, em Setúbal, verificamos que o mesmo se encontra a cerca de dois metros abaixo do nível da Avenida 22 de Dezembro. Certo?... 

Ora sabemos que a Ribeira do Livramento (agora encanada) passa ao lado deste monumento e quando o mesmo foi terminado em 1496, ou seja já lá vão 526 anos, o mesmo estaria seguramente a um nível ligeiramente inferior à cota de soleira. 

Em números redondos isso significa que aquela zona da baixa de Setúbal subiu em média 0,004 por ano. Pouca coisa, mas o suficiente para atingir os tais 2 metros. 

Se hoje ao olharmos para a beira-mar verificamos que a água está a uns escassos 0,50 (se tanto) para transpor a muralha, significa que se a cidade não tivesse alteado teríamos metro e meio de água, em altura, a invadir-nos, ou seja teríamos água salgada até ao Estádio do Bonfim. 

A questão que se coloca é simples. Ora se com as alterações climáticas os oceanos estão a subir com maior rapidez e se a cidade não subir na mesma proporção (pelo menos à beira-mar) o que é que vai acontecer a Setúbal dentro de alguns poucos anos? 

Pois quem souber que responda e, quem puder fazer alguma coisa que o faça! 

Rui Canas Gaspar 

2017-novembro-03 


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