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sexta-feira, 27 de maio de 2016

As piscinas que sumiram nas areias de Troia 

Foi até à véspera da inauguração que os trabalhos se processaram de forma acelerada e poucos minutos antes da chegada dos distintos convidados para a inauguração do vasto complexo ainda se davam os últimos retoques nos arranjos exteriores.

No dia 26 de maio de 1973 Troia recebia a visita do Chefe de Estado, Almirante Américo Tomaz, que ali se deslocou expressamente para inaugurar um emblemático polo turístico da TORRALTA, aquele que então ficou designado por “Conjunto da Costa da Galé”.

As suas enormes piscinas, nascidas nos estiradores do atelier de arquitetura de Conceição e Silva eram então consideradas na década de setenta do século XX como as maiores da Europa.

Esta ímpar construção virada para o lazer e desporto localizava-se junto ao Oceano Atlântico, no lado oposto à Caldeira de Troia.

Do seu equipamento coletivo ficou na memória de muitos daqueles que o conheceram as singulares espreguiçadeiras de cor amarela fabricadas em fibra de vidro.

Para ali se chegar ou se ia a pé, de automóvel ou então os utentes ao desembarcar nos barcos que faziam as travessias do Sado utilizavam o “comboio”, aquelas simpáticas e divertidas carruagens rebocadas por um trator que fazia o trajeto entre os cais de atracação dos barcos e as piscinas e vice-versa.

Uma das memórias mais engraçadas que guardo daquele local era o facto de muitos dias, à hora do almoço, ir lá tomar a bica com outros colegas de trabalho. Íamos a pé desde as “torres”, pela praia, porque regra geral encontrávamos as moedas necessárias para pagar o cafezinho.

Certamente que outros amigos terão diferentes vivências deste local, que poucos anos funcionou, e que hoje dele apenas restam memórias que se vão diluindo no tempo.

Rui Canas Gaspar
2016-maio-27

www.troineiro.blogspot.com

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