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domingo, 3 de abril de 2016

Em Setúbal começa a ver-se a força de novos investidores

No Dia de Todos-os-Santos, primeiro de novembro de 2015, quando se assinalavam 261 anos sobre a data do terramoto que destruiu boa parte de Lisboa e cujos nefastos efeitos se sentiram até ao Norte de África, abateu-se um outro cataclismo sobre algumas terras algarvias, com especial destaque para a baixa da cidade de Albufeira.

As chuvas torrenciais arrastaram terras e pedras, entraram por lojas e garagens e levaram consigo esplanadas inteiras com centenas de mesas e cadeiras, ao mesmo tempo que inutilizavam equipamentos hoteleiros e toda a sorte de objetos que se encontravam para venda nas muitas lojas comerciais.

A água chegou a mais de dois metros de altura, deixando a sua marca de lama assinalada nas paredes.

Comerciantes, funcionários da autarquia, escuteiros e outros voluntários mobilizaram-se para repor a normalidade possível e, quatro meses depois, a capital do turismo português apresenta-se quase como se nada ali tivesse ocorrido, com apenas meia dúzia de estabelecimentos ainda em fase de recuperação.

Isto é a demonstração clara e inequívoca da força e pujança não só dos portugueses mas dos comerciantes e proprietários das mais diferentes nacionalidades, que naquela autêntica “Babel” governam a vida.

Ao olhar agora para a cidade de Setúbal observo que na sua baixa muita coisa está a mudar, com estabelecimentos a serem explorados por chineses, brasileiros, indianos, paquistaneses, etc.

Também se verifica que alguns edifícios de grande volumetria se encontram a ser intervencionados e dali sairão em breve Hosteis e renovados apartamentos, bem como algumas novas lojas. Aqui seguramente o investimento não se deve somente aos setubalenses!...

Pessoalmente prefiro ver a minha cidade, e particularmente a sua baixa, com este tipo de dinamismo do que com o seu comércio tradicional encerrado e os prédios a cair de podre.

Que venham pois estrangeiros e portugueses de todos os cantos do mundo dinamizar a minha terra, pois serão naturalmente bem-vindos, sejam eles comerciantes, proprietários ou turistas. Eles são naturalmente pessoas empreendedoras e que não viram a cara ao risco, tal como aqueles que se sedearam em Albufeira e que em poucos meses renovaram o que foi praticamente destruído na globalidade.

É claro que para aqueles “velhos do Restelo” se se mexerem a tempo ainda pode ser que encontrem na baixa de Setúbal algum espaço disponível onde possam abrir uma loja de antiguidades. 

Digo eu!...

Rui Canas Gaspar
2016-abril-03

www.troineiro.blogspot.com

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