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sábado, 31 de outubro de 2015

Aconteceu em 1755 e destruiu boa parte de Setúbal


No dia 1 de novembro de 2015 faz precisamente 260 anos que ocorreu o grande terramoto que, desde Portugal a Marrocos, no Norte de África, muita coisa destruiu.

Setúbal foi uma das mais fustigadas localidades do reino, porquanto os seus 13 000 habitantes, dos quais muitos viriam a falecer, viram-se confrontados não só com o terramoto, mas também com o maremoto que lhe sobreveio.

Naquele dia 1 de novembro de 1755, dia de Todos-os-Santos, quando muitos católicos se encontravam a assistir às missas matinais, a terra tremeu e muito povo logo ali ficou soterrado.

As salinas de Troino ficaram completamente inoperacionais.

Os incêndios que sobrevieram ao cataclismo encarregaram-se de contribuir para uma maior destruição do património edificado.

Pinho Leal, no livro “Portugal Antigo e Moderno”, descreve os acontecimentos do dia 1 de novembro: “… entre as 9 e 10 horas da manhã, estando o céu claro e sereno e a atmosfera mais quente do que costumava ser naquela estação do ano, principiou a terra a tremer violentamente. Setúbal sofreu mais do que as outras povoações porque saíram da terra grandes jatos d’água, que se levantaram a grande altura, ao mesmo tempo em que o mar, que abandonara a praia, refluiu logo com grande fúria, assolando o porto, destruindo embarcações e matando muita gente.”

O Marquês de Pombal, Sebastião José de Carvalho e Melo, foi o único governante que se apresentou para apoiar o rei D. José, tendo então assumido de imediato a coordenação das operações de socorro.

E porque o cenário era de caos generalizado o governante tratou de proferir a sábia sentença com vista a iniciar as operações de socorro e reconstrução: “Enterrar os mortos, cuidar dos vivos e encerrar os portos”.

Rui Canas Gaspar
2015-outubro-31

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