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quarta-feira, 1 de julho de 2015

Jovem agredida no mato junto ao Parque de Merendas de São Paulo

Eram perto das onze da manhã deste dia primeiro de julho de 2015 e o carro rolava pela estreita estrada já perto do Parque de Merendas de São Paulo, quando reparo que no mato do lado direito, quase junto à berma, uma jovem mulher aflita de mão estendida pedia socorro, enquanto um homem igualmente jovem me parecia que a tentava ajudar a levantar-se do chão.

Pensei tratar-se de uns caminhantes e que a mulher tivesse caído dado o seu estado de aflição. Travo o carro uns metros à frente, ligo os 4 piscas, preparo de imediato o telemóvel para ligar o 112 e dirijo-me ao casal no sentido de prestar a necessária ajuda.

Verifico que ela tem vestido um colete com a identificação de uma empresa de limpeza e informa-me que é ali que trabalha e que tinha acabado de sair de serviço há pouco.

A moça chorava compulsivamente e pedia socorro, tinha os braços arranhados, já só tinha um sapato e disse que ele lhe estava a bater, lhe dera pontapés e lhe agredira com um ramo grosso.

Apercebendo-me da gravidade da situação de imediato primo o botão do telemóvel e estabeleço a ligação com o 112 descrevendo o local e o acontecimento.

Nem viaturas, nem ninguém a pé por ali passava naquela altura crítica e ao verificar a minha atitude o agressor, praguejando, afasta-se rapidamente na direção do Parque de Merendas de São Paulo, onde teria deixado o seu automóvel.

Os jovens em questão são brasileiros, têm um filho em comum embora não vivam juntos e a jovem tinha sido para ali levada na viatura do presumível agressor, embora não soubesse identificar o local onde se encontrava.

Pouco depois chegou um carro patrulha da PSP e entreguei o assunto à equipa policial que eficientemente tomou conta da ocorrência. Porém, os agentes ao verificarem o estado da moça decidiram levá-la primeiro ao Hospital de São Bernardo.

Um minuto depois cruzava-se comigo uma ambulância do INEM com marcha de socorro assinalada, muito provavelmente chamada a socorrer a vítima.

De facto, a violência e a agressão cada vez mais são como que uma praga e na região de Setúbal as coisas também nem sempre correm bem, embora neste caso, que tive oportunidade de ajudar, o acontecimento tivesse ocorrido entre estrangeiros.

Rui Canas Gaspar
2015-julho-01

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