notícias, pensamentos, fotografias e comentários de um troineiro

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

O Bowling Setúbal faz quatro anos

Foi no dia 31 de outubro de 2010 que junto à Doca dos Pescadores nasceria um amplo e muito bonito espaço de lazer, vocacionado para todos os escalões etários, o Bowling Setúbal.

Esta modalidade desportiva rapidamente conquistou os gostos setubalenses atraindo cada vez mais adeptos, curiosamente não só entre os jovens, mas também entre os mais velhos, sendo frequente vermos ali os avôs e os netos em sã convívio a par de casais de namorados ou grupos de amigos.

O amplo e diversificado espaço está dotado de dez pistas de bowling e como complemento dispõe de várias mesas dos populares matraquilhos, máquinas de jogos eletrónicas, mesas de snooker, mesas de ténis de entre outros divertimentos.

São célebres as suas “mega-tostas” que muitos frequentadores já não dispensam enquanto ali se divertem em saudável ambiente.

Não deixa de ser curioso verificar a forma ordeira como se comportam os grupos de crianças convidadas por amigos que ali vão celebrar as suas festas de aniversário. É que elas são tratadas como se estivessem num grupo de pequenos escuteiros e a diversão é feita dentro da máxima ordem seguindo a metodologia escutista.

Tornou-se célebre naquele agradável espaço as conhecidas “quartas-feiras de bowling grátis” o dia em que mais gente frequenta esta emblemática e popular casa sadina que aposta na qualidade e, onde todos os seus colaboradores são incentivados a ter a mesma postura tal como no dia da sua inauguração.

Ao seu proprietário, um industrial setubalense, antigo escuteiro, nascido e criado no Bairro de Troino e que está sempre à frente do estabelecimento, bem como a toda a equipa de colaboradores do Bowling Setúbal endereçamos os nossos parabéns pela passagem deste 4º aniversário.

Rui Canas Gaspar
2014-outubro-30

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quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Vai-lhe ser ofertado “patê” made in Setúbal

É no sábado dia 8 de novembro, pelas 17,00 horas que apresentarei na Casa da Baía, em Setúbal, para os meus amigos e amigos dos meus amigos o livro que provavelmente muitos setubalenses gostarão de ler e até ofertar como prenda de natal a um familiar ou amigo.

Trata-se do SETÚBAL – Gente do Rio Homens do Mar um conjunto de meia centena de temas sobre as gentes, coisas e lugares da nossa terra contados de forma simples, porém rigorosa.

Para todos aqueles que se dignarem honrar-me com a sua presença  fiquem desde já a saber que lhes reservei uma recordação deste evento. Por isso, decidi escrever e mandar imprimir uma pequena biografia do grande setubalense que foi Francisco Finura a qual será ofertada a todos os que tenham a paciência para escutar três setubalenses na Casa da Baía, o Leonel Dias, a Paula Borrego e eu próprio.

Para completar esta recordação todos os presentes levarão também uma genuína e histórica lata de conserva do célebre patê de sardinha e cavala fabricado por Francisco Finura.

Mas se já está a salivar com o desejo de saborear o excelente patê, bem pode tirar o cavalinho da chuva, porque a latinha foi fechada a pensar em si, só que, em vez de patê tem um produto ainda mais valioso, a areia do nosso Rio Sado, e assim este raro artigo poderá ser utilizado como um invulgar pisa papeis.

Gente sadina, com produtos de Setúbal, naquele que é provavelmente o mais simpático espaço existente na bela cidade do rio azul, motivada por um sentimento comum, o amor pelas coisas de Setúbal.

Até lá, abreijos
Rui Canas Gaspar
2014-outubro-29

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O impulsionador do Convento de Brancanes

As grandes searas alentejanas apresentavam-se em toda a sua pujança com os campos cobertos por douradas espigas salpicados aqui e ali por lindas papoilas vermelhas.

O calor sufocante secava as gargantas dos trabalhadores que em grandes ranchos de homens, mulheres e crianças colhiam o “pão”, labutando desde a madrugada até que a noite chegava e os grilos faziam ouvir o seu estridente coro.

Daquelas loiras espigas, colhidas com o trabalho árduo de gente humilde seria retirado o grão que se viria a transformar no pão que alimentaria o povo. 

O Verão começara há apenas quatro dias e, naquele 25 de junho de 1631 uma senhora de origem irlandesa, esposa de fidalgo e juiz português, transpirava profusamente na sua confortável casa da Vidigueira. Poucos minutos depois, ela estaria a dar à luz uma criança do sexo masculino.

Se esta senhora fosse uma daquelas esforçadas ceifeiras o povo alentejano comentaria que tinha parido um moço. Mas, tratando-se da esposa do fidalgo o anúncio passado de boca em boca era o de que a senhora teria dado à luz um belo menino.

Para que a criança fosse conhecida e diferenciada entre as demais foi-lhe colocado o nome de António da Fonseca Soares. Ela cresceu naquela terra de gente do campo sendo alvo de todos os cuidados próprios da sua condição social.

O rapaz desenvolveu-se, correndo livremente pelos campos e brincando naquela terra alentejana até que um dia seria enviado para a grande cidade a fim de estudar em Évora, no Colégio dos Jesuítas.

Os estudos seriam abruptamente interrompidos, quando António com apenas 18 anos tomou conhecimento do falecimento do pai, tendo então regressado à sua Vidigueira natal.  

Não ficou por muito tempo! O país estava em plena Guerra da Restauração, opondo o reino de Portugal à vizinha Espanha e o jovem logo tratou de se alistar no Exército Português onde uma carreira promissora o esperava, não fossem os seus excessos, fruto de um temperamento impetuoso.

O despertar dos sentidos para as questões amorosas e para a poesia levaram-no a envolver-se nas mais diversas discussões e aventuras. Uma dessas acabou por correr mal obrigando-o em 1653 a fugir para o Brasil, quando tinha apenas 22 anos de idade. Ele ferira de morte, em duelo, um adversário.

Depois de ter passado três anos na Baía, o jovem alentejano regressou a Portugal e, embora sem ter alterado o seu modo de vida a leitura de um texto de Frei Luís de Granada despertou-lhe o interesse  para os assuntos da fé e de Deus.

Já em terras lusas, quando corria o ano de 1656 António volta de novo a participar naquela interminável guerra que durou 28 anos (1640 a 1668). E, porque se tratava de um jovem de reconhecida coragem e valor, foi em Setúbal que viria a ser promovido à patente de capitão.

Mas, contava ele 31 anos de idade quando em maio de 1662, decide dar uma volta completa à sua vida repleta de aventuras e experiências. Abandonou a carreira militar para se dedicar à vida religiosa, ingressando na Ordem de São Francisco, em Évora.

A partir desse momento o então conceituado capitão António da Fonseca Soares despe o garboso uniforme militar e passa a envergar o hábito simples de frade franciscano, passando a assumir a identidade de Frei António das Chagas, ou Padre António da Fonseca, nomes porque ficaria conhecido entre o povo.

E foi precisamente graças às diligências de Frei António das Chagas, contando com o alto patrocínio do rei D. Pedro II, que no dia 27 de junho de 1682, em Brancanes, a noroeste de Setúbal, a meia encosta de uma pequena colina desta vila de pescadores e salineiros que seria lançada a primeira pedra para a construção do edifício do Seminário para Missionários Apostólicos de Nossa Senhora dos Anjos.

Rui Canas Gaspar
2014-outubro-29

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sábado, 25 de outubro de 2014

O rapa-fundos do Rio Sado

Mais parecia uma bela manhã de Primavera do que um dia de Outono, o céu azul, o sol a incidir os seus raios no nosso lindo Rio Sado emprestavam-lhe uma maior beleza. Uma temperatura de 22 graus ajudava a formar o ambiente para que as centenas de pessoas que pude encontrar no Parque Natural da Arrábida pudessem desfrutar de um agradável sábado.

Acompanhado de um jovem amigo fomos fazer um raid fotográfico para as bandas do Casal da Ajuda, onde em tempos remotos, no século XVII existiu a Igreja de Nossa Senhora da Ajuda, uma paróquia rural que foi anexada em 1835 pela setubalense paróquia de Nossa Senhora da Anunciada. 

E foi junto às ruínas daquela Igreja, no que resta de um miradouro sobre o Sado, por baixo de uma pedra em forma de óculo inserida na fachada que pude observar o belo rio azul.

Porque a maré estava baixa, via-se nitidamente aquele rochedo, frente à Praia da Esguelha, o qual entre os pescadores é conhecido por “rapa-fundos”. Isto porque quando a maré está cheia a pedra não fica visível e foram muitas as embarcações que ali viram romper-se os seus cascos, algumas delas afundando-se.

Naqueles tempos longínquos era colocada uma candeia no tal óculo e desta forma era assinalado o perigo que se escondia junto à costa. Presentemente o local está devidamente identificado com um farolim junto ao perigoso rochedo.

Ao olhar para ali lembrei-me de uma amiga de longa data que navegando por aquelas bandas acabou por passar por cima da perigosa rocha rompendo o casco da embarcação onde navegava solitariamente.

Ao ver o barco meter água e não sabendo o que fazer, telefonou para o marido, um experiente navegador, que se encontrava em competição no outro lado do mundo e que lhe disse para de imediato colocar um pano em cima do rombo.
E foi assim que ela conseguiu diminuir o fluxo  de água na embarcação e chegar a terra sem problemas de maior.

Sorte diferente tiveram muitos outros pescadores e navegantes ao longo dos anos, pese embora o facto da candeia colocada por piedosas mãos naquele óculo.

O óculo que é das poucas pedras que restam intactas da que foi a Igreja de Nossa Senhora da Ajuda, uma das muitas construções em estado de abandono que podemos encontrar nos arredores desta terra setubalense.

Rui Canas Gaspar
2014-outubro-25
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Em Setúbal o “castelo velho” quase só se vê do espaço

Quando o arquiteto militar Luís Serrão Pimentel, concebeu no século XVII a fortificação em forma de estrela para no contexto da Guerra da Restauração de 1640 ajudar a defender a vila de Setúbal certamente que em algum momento imaginou que aquela imponente fortificação militar, passados alguns poucos séculos apenas e quase só poderia ser vista a partir do espaço, graças à tecnologia conhecida por Google Heart.

Na poderosa construção foi utilizada alvenaria de pedra e tijolo, revestida por cantaria, tendo sido erigida segundo uma planta poligonal regular, estrelada. Para melhor defesa o forte conta com cinco baluartes nos vértices e é cercado por um fosso.

De facto, se as tropas inimigas não conseguiram invadir aquele forte o mesmo não se poderá dizer da mãe natureza que, com as suas verdes hostes, quase engoliu o que resta da possante construção, encontrando-se agora praticamente camuflada pelo mato que a tomou de assalto.

Mas, camuflado não significa destruído, pelo que o seu estado de conservação é ainda bastante aceitável. Teremos ainda possibilidade de o admirar  em toda a sua grandiosidade se para o efeito se  proceder a desmatação e a alguns trabalhos de escavação e limpeza das zonas envolventes.

Este desprezado local histórico, localizado na zona poente da cidade de Setúbal, junto ao Bairro da Reboreda, foi ocupado até pouco depois da Revolução de 25 de Abril de 1974 por famílias que viviam em deprimentes barracas, cujas construções se encostavam às suas fortes muralhas.

Com a eliminação dessa chaga social que foram os bairros de lata, as construções foram demolidas, as famílias alojadas condignamente mas, o velho forte S. Luís Gonzaga, conhecido até então pelos antigos moradores pelo “castelo velho” ou “forte velho” por ali se ficou a ser conquistado pela vegetação. Presentemente é necessário ser-se possuidor de algum espirito aventureiro para se conseguir entrar no espaço interior da edificação.

Pela sua excecional localização aquelas pedras bem que poderiam ser aproveitadas não só para contar um pouco da nossa rica história, como também devido à sua ímpar localização, situando-se numa colina sobre o Sado e a cidade, nos proporcionarem magníficas panorâmicas, que seriam potenciadas se um bonito jardim ali fosse construído.

Este monumento não se encontra classificado pela Câmara Municipal de Setúbal que o tem votado ao abandono, sem que ao menos proceda a trabalhos de desmatação e limpeza, tarefas que com a descentralização de poderes autárquicos estamos em crer tenham passado para a alçada da União de Freguesias de Setúbal, entidade que tal como a Câmara provavelmente desconhecerá a sua existência.

Rui Canas Gaspar
2014-outubro-24
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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

A simpatia do comerciante da baixa de Setúbal

Estava eu a ser atendido por um comerciante numa das lojas da baixa de Setúbal, quando entrou na sapataria um homem que perguntou se ali vendiam creme para tirar uma nódoa que tinha num sapato.

O comerciante pronta e simpaticamente atendeu-o, informando que não vendia tal produto. Analisando o sapato, recomendou o tipo de creme mais adequado para o limpar, pese embora o facto daqueles sapatos não terem sido adquirido na sua sapataria.

A pessoa que procurava o produto, ainda fez questão de manifestar a sua preocupação com aquela pequena mancha no seu sapato ao que o comerciante sempre muito simpática e delicadamente atendeu, embora tivesse temporariamente interrompido de me atender.

Finalmente o homem saiu e lá foi direito à loja que o comerciante lhe indicou como tendo o creme que lhe resolveria o problema.

Quando tanto se fala no mau atendimento dos comerciantes da baixa, pormenor que até nem tenho razão de queixa, é bom também dar a conhecer estes pequenos gestos que demonstram um elevado grau de profissionalismo e educação dignos de serem partilhados.

Poderia colocar aqui em contraponto outros exemplos (maus) que tive oportunidade de presenciar, por mais de uma vez, vindos de onde menos se espera, mas não o vou fazer.

Garanto-vos, no entanto,  que os mesmos não ocorreram na zona baixa da cidade, mas sim da zona alta, pelo que facilmente constatamos que bom e mau há um pouco por todo o lado…

Rui Canas Gaspar
2014-outubro-20

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Não devem vir aí tempos de bonança

De facto o dia está anormalmente quente para o mês de outubro e, perto da hora de almoço, o sol aquecia muito mais, fazendo transpirar quem se aventurasse ao ar livre ali no parque de estacionamento do Lidl do Bairro do Liceu, em Setúbal.

E foi provavelmente devido ao calor que se fazia sentir no exterior que aquele automobilista ao volante de um moderno automóvel BMW encostou o carro ao alçado lateral do supermercado e, sem sair de dentro da viatura, abriu a bagageira da mesma.

Saindo do supermercado um casal idoso, ela empurrando o carrinho de compras e ele tentando ajudar, embora apoiado por uma bengala, achegaram-se à potente viatura e a muito custo lá estiveram procedendo ao transbordo das compras, com alguma dificuldade, para o interior do potente automóvel.

Pelo espelho retrovisor o condutor a tudo assistia. Tratava-se de um homem jovem, provavelmente filho do casal, que não se dignou sair do seu confortável ambiente.

Acabado o transbordo das compras do supermercado, o senhor a muito custo abriu a porta do automóvel e lá se conseguiu sentar, enquanto a senhora depois de ir arrumar o carrinho de compras fez o mesmo.

A tudo assistiu impávido e sereno o condutor, sem se dignar mexer uma palha para ajudar aquele idoso casal, provavelmente seus pais e, quem sabe, se até não teriam sido eles que entraram com os necessários euritos para a compra da potente e comoda viatura.

É assim! É a este tipo de gente, mal formada e mal-educada que estamos entregues. Como é que queremos que os governantes possam legislar de forma a proteger os mais idosos, quando eles são feitos desta mesma massa?

Claro que não vou generalizar, mas que cenas como estas se vão tornando correntes lá isso vão. Reparem só quantas pessoas mais novas ajudam a segurar a porta de entrada para deixar passar uma senhora ou um idoso?

“Quem semeia ventos colhe tempestades” e infelizmente devido em grande parte à falta de educação que grassa no nosso país não almejo que venham por ai tempos de bonança.

Rui Canas Gaspar
2014-outubro-20

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sábado, 18 de outubro de 2014

Até quando teremos travessia fluvial para Troia?

A atual conjuntura económica, o assoreamento da margem norte do Sado, aumentando o volume de areia do lado de cá, as melhorias introduzidas na zona ribeirinha de Setúbal, os ventos de norte e nordeste que tornam a margem sul menos abrigada, são fatores que influenciam a população setubalense a não atravessar o rio.

A aquisição dos novos quatro barcos da Atlantic Ferries representaram um investimento substancial que, naturalmente, seria amortizado e rentabilizado se o país estivesse numa situação estável economicamente, o que não tem acontecido nos últimos anos.

O fator económico, aliado aos outros focados acima, levaram a um decréscimo acentuado no volume de viaturas e passageiros transportados, logo a uma diminuição das receitas, que naturalmente se transformaram em prejuízo para a empresa detentora da exploração da travessia do Sado.

Ora como sabemos todas as empresas são criadas para dar lucro e não prejuízo e se isso acontecer sistematicamente apenas lhes resta uma solução, aquela que passa pelo seu encerramento.

Antes dessa solução drástica acontecer certamente que os gestores tomarão todo o tipo de medidas, por vezes nem sempre as mais acertadas, porém serão aquelas que lhes parecem melhor.

E foi assim que, porque as receitas eram insuficientes, se aumentou o preço dos bilhetes, o que levou muitos automobilistas a optar por dar a volta por Alcácer do Sal, diminuindo ainda mais o volume de viaturas transportadas.

Quanto aos veraneantes, porque o dinheiro não abunda e porque as zonas balneares do lado norte estão agora mais amplas indo na maré baixa desde o cais nº1 até à Comenda, também deixaram de ir para Troia.

Porque há menos movimento na época baixa então encosta-se metade da frota e aumenta-se o espaço dos horários, com a consequente perca de qualidade. É assim como a pescadinha de rabo na boca…

Se a tudo isto juntarmos os maiores custos de combustível inerentes a uma viagem mais longa do ferrie, que viu o seu cais de atracação na margem sul ser deslocado para montante para permitir maior qualidade ambiental à desertificada zona de moradias da marina de Troia, então temos todos os ingredientes para que a coisa não dê certa.

Sendo assim, e pensando um pouco sobre o assunto, acho eu, enquanto leigo na matéria, que mais cedo ou mais tarde, apenas um ferrie estará a prestar serviços mínimos, atravessando o Sado e atracando no antigo cais, levando pessoas e viaturas, com menores custos de combustível. Isto enquanto a empresa não encerrar por falta de rentabilidade económica.

É claro que isto é o que eu acho, e de achismos está o mundo cheio, vamos ver pois até quando teremos travessia fluvial para Troia.

Rui Canas Gaspar
2014-outubro-18

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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

O palácio Feu Guião já está com melhor apresentação

Gosto sempre de ver um pedreiro a rebocar uma parede. Vamos lá saber porquê? Não há dúvida que cada um tem a sua “pancada” e eu desta não me livre…

Ao passar há pouco pelo Largo da Fonte Nova vi um pedreiro a rebocar uma velha e bastante degradada parede exterior, o que muito me alegrou. Trata-se do Palácio Feu Guião, que ostenta a placa publicitária de “vende-se ou permuta-se”.

Se até o Lelo (conhecido cigano) tratava de dar graxa no pelo da mula para o animal brilhar e dava-lhe uns copinhos de bagaço para o espevitar e desta forma parecer que o bicho estava cheio de genica, como tal mais fácil de vender, porque é que o proprietário (que até nem é cigano) não deu à mais tempo uma rebocadela e uma pintura exterior tornando mais atrativo comercialmente o seu produto?

Bem, cada um é que sabe do seu negócio e esta não é seguramente a minha praia!

Mas, como setubalense, o que mais me agrada é verificar que um dos mais importantes e também o mais degradado edifício da Fonte Nova e Bairro de Troino se encontra a levar uma “lavagem de cara” que irá certamente dar outro aspeto ao imóvel.

Quem nos dera que alguém, nem que fosse um alguém daqueles que querem vir para a Europa, entrando por Portugal com um visto gold, pudesse comprar esta histórica peça imobiliária e a transformasse de acordo com o projeto existente ou outro qualquer que viabilizasse o seu investimento.

Como estava é que não era nada, nem dignificava o proprietário nem a cidade beneficiava com esta chaga no coração de uma das mais emblemáticas zonas sadinas.

Pelo que hoje vi, daqui endereço os parabéns a quem teve a iniciativa de mandar executar este simples mas tão importante trabalho.

Rui Canas Gaspar
2014-outubro-17

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Preservemos o pouco que temos para mostrar


Este Verão esteve em Setúbal, durante alguns dias, alojado numa unidade hoteleira local, um casal amigo de nacionalidade norte-americana.

Durante a sua estadia em Portugal, este casal teve oportunidade de conhecer um pouco de todo o nosso país, mostrando-se maravilhado com o que aqui viu. Mas, foi particularmente  a Região de Setúbal que mais rasgados elogios mereceu.

O casal percorreu as Avenidas, ruas e vielas da nossa cidade, visitou alguns monumentos religiosos e percorreu a zona envolvente da cidade do rio azul, tendo saboreado, como não podia deixar de ser, a nossa saborosa gastronomia.

Conheciam vários países europeus mas, sem favor, não tiveram pejo em afirmar que país como este e região como a de Setúbal merecia a sua preferência, pelo que recomendavam.

Hoje, na Avenida Luísa Todi, junto às Águas do Sado, um casal que se deslocava numa viatura de matricula portuguesa, chamou-me para pedir orientação. Tratava-se de um casal de turistas brasileiros que desejavam saber qual o trajeto para Évora.

Como era manhã cedo, claro que aproveitei, para elucidar os turistas ao mesmo tempo que lhes questionava se já conheciam Setúbal. A simpática senhora respondeu que esta era uma cidade moderna, ao que eu respondi que se tratava de uma localidade com mais de mil anos. O automobilista franziu a testa e respondeu: - Não parece! O que vimos aqui parece-nos construção recente…  

Na curta conversa que encetamos o casal partilhou que tinha visto um pouco das ruas estreitas e bonitas (apontando para o Largo da Palmeira/Fonte Nova) graças a um senhor que encontraram e que por acaso era funcionário da Câmara Municipal.

Depois das despedidas, dei comigo a pensar na diferença que existe entre Évora, uma cidade com um património histórico bem preservado e Setúbal, uma cidade milenar que pouco de histórico tem para mostrar a quem nos visita.

Mais uma vez me veio à mente o muito discutido miradouro da Estrada dos Ciprestes e a necessidade de o preservar.

Que o pouco que temos e que mostra alguma coisa da evolução desta cidade ao longo dos séculos possa ser resguardado e destacado de modo a que possamos apresentar aos nossos vindouros e aos que nos visitam alguns marcos daqueles outros setubalenses que nos precederam nesta antiga terra cada vez mais envolta de vestes modernistas.

Rui Canas Gaspar
2014-outubro-17

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quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Eu tive parte do tesouro de Troino

Em Setúbal, no dia 20 de maio de 1957, os trabalhadores esforçavam-se manipulando enxadas, pás e picaretas abrindo a vala ao longo da Rua Fran Pacheco, antiga Rua Direita de Troino, para ali colocarem as manilhas que iria permitir àquela antiga artéria da cidade dotar-se do necessário saneamento básico.

Conjuntamente com a terra que retiravam da vala vinha um pouco de tudo, sobretudo pedaços de cerâmica e até ossadas humanas, atendendo a que as escavações decorriam relativamente perto da antiga Igreja da Anunciada, na Praça Teófilo Braga.

Não é de admirar que se encontrassem muitos vestígios de épocas passadas, até porque a cidade teria sofrido três fortes terramotos em 1531, 1755 e 1858 que a teriam afetado profundamente, destruindo muitas das suas edificações.

A determinado momento dos trabalhos a picareta de um operário bateu num objeto de barro, destruindo-o e, do seu interior verteu uma torrente de pequenas moedas de bronze. Tratava-se de uma ânfora romana contendo milhares de moedas.

O insólito achado causou natural burburinho com toda a gente a querer apossar-se de moedas. Eram miúdos e graúdos a tentar deitar a mão a tantas quantas pudessem levar. Houve até quem emprestasse uma alcofa a um conhecido colecionador que residia ali perto para transportar uma enorme quantidade.

A notícia chegou às autoridades e da primeira esquadra saiu correndo um polícia que soprando o seu apito mandava sair daquele local todos que não fossem trabalhadores.

Uma segunda ânfora seria então descoberta contendo 7.090 moedas, enquanto da primeira foram oficialmente contabilizadas 11.091. As moedas seriam então recolhidas e encontram-se em exposição no Museu da Cidade de Setúbal.

O tesouro é composto por moedas de bronze, cunhadas entre 253 e 363 d.C. à exceção de uma moeda republicana cunhada entre 187 e 155 a.C.

Alguns outros milhares de moedas foram levadas pelos populares antes da chegada das autoridades, pelo que o tesouro romano encontrado na Rua Direita de Troino continha muito mais peças do que aquelas que são oficialmente mencionadas.

Eu tinha nove aninhos, também lá estive com outras crianças de Troino e também trouxe uma parte do tesouro romano. A mim calhou-me, imagine-se, uma moeda.

Rui Canas Gaspar
2014-outubro-13

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Não deve ser fácil ser jardineiro em Setúbal

Tenho observado o empenho com que um “batalhão” de jardineiros têm vindo a cuidar daquela que provavelmente será a maior zona ajardinada da cidade de Setúbal, a nossa Avenida Luísa Todi.

No entanto, estes profissionais enfrentam também os seus problemas que passam frequentemente pelo furto de algumas plantas recém-colocadas, provavelmente por parte de pessoas que desejam enfeitar as suas varandas com bonitas floreiras.

São também os vândalos que passam por cima dos canteiros floridos destruindo as plantas, sem se darem ao trabalho de atravessar nas zonas próprias para o efeito.

Mas, talvez o maior inimigo dos jardineiros sejam os pombos, aquelas aves que muitos de nós gostamos e que não dão tréguas a quem quer manter a cidade bonita.

Mal os jardineiros acabam de colocar as sementes de relva e aí estão eles logo a debicar, tratando de fazer desaparecer boa parte da sementeira e, quando encontram uma pequena abertura na relva, aqueles bicos parecem escavadoras em ação.

Estive a observar no Parque Urbano de Albarquel uma destas “brigadas” em plena ação e nunca tinha reparado na velocidade com que dão cabo de um enorme pedaço de relvado, deixando à sua passagem um conjunto de pequenas crateras.

Parece que os jardineiros se quiserem ver o seu trabalho progredir terão de tomar medidas urgentes, como seja a cobertura das sementeiras com rede, por exemplo, no caso dos pombos.

Quanto aos apreciadores das suas plantas, bem o melhor mesmo é a Autarquia pensar em ofertar umas floreiras e colocar à disposição algumas plantas para que os apreciadores possam decorar as suas janelas ou varandas.

Em relação aos vândalos a esses pouco ou nada há a fazer a não ser que voltem a ser instituídas as brigadas dos homens do varapau que em tempos idos punham ordem nas nossas antigas localidades, dado que policiamento é coisa difícil de alguém dar conta nesta cidade, exceção feita, para o trânsito, não para ajudar na fluidez do mesmo mas sim para atuar em assuntos mais  importantes especialmente aqueles que tenham a ver com o setor financeiro…

Rui Canas Gaspar
2014-outubro-15

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terça-feira, 14 de outubro de 2014

Setúbal tem um cadáver imobiliário à espera que seja ressuscitado

Ao passar frente às enormes e tão mal tratadas instalações do que foi o único polo universitário setubalense lembrei-me daquele triste dia de Verão.

Passavam alguns minutos das 19 horas, era 30 de julho de 2008 quando a TSF anunciava o seguinte:

“O Ministério da Ciência e do Ensino Superior notificou, esta quarta-feira, a Universidade Moderna e a empresa proprietária, a Dimensino, da decisão de encerrar compulsivamente a instituição por falta de viabilidade económica e grave degradação pedagógica.”

Com este despacho do Ministro Mariano Gago finava-se para muitos jovens setubalenses o sonho de concluir um curso superior na sua própria cidade.

Curiosamente e, por incrível que pareça, embora fossem muitas largas centenas os jovens estudantes que durante anos frequentaram o polo da UM, quer em Setúbal, quer em Beja, a Inspeção-Geral do ensino superior concluiria que aqueles polos universitários não estariam legalmente constituídos como estabelecimentos de ensino.

As amplas instalações da Universidade, construídas de raiz, fechariam as suas portas e a Incentiveste, empresa proprietária do imóvel procederia, um ano depois, à selagem das instalações.

Primeiramente foram as ervas daninhas que começam a aparecer por tudo quanto era sítio, seguidamente são observados os primeiros grafites nas paredes exteriores, depois acontece o furto generalizado de tudo o que era metal, dos fios de cobre aos caixilhos de alumínio, passando pelos corrimões das escadas.

E quando pouco mais havia para furtar de um amplo e abandonado edifício, eis que as portas e janelas mais baixas são emparedadas enquanto os grafiteiros continuam a sua incansável atividade enquanto dispuserem de um pouco de parede disponível.

Com este encerramento Setúbal perdeu a única Universidade que tinha e ganhou mais um cadáver imobiliário que para ali se encontra solitário à espera que algum iluminado cientista descubra a forma de lhe voltar a dar vida.

Rui Canas Gaspar
2014-outubro-14

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segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Alguns setubalenses bem poderiam ter um comportamento mais cívico

Bem sabemos que as grandes obras que estão a ser levadas a efeito na cidade de Setúbal causam transtornos, particularmente aos habitantes e comerciantes das zonas que estão a ser intervencionadas.

Também temos constatado e alertado para o facto do pouco cuidado e atenção que os empreiteiros e dono da obra têm dado à população utente dessas zonas, sobretudo no que se refere à segurança rodoviária.

Hoje, 13 de outubro de 2014 reparei que no início da Rua de Damão, um conjunto de sacos de lixo estavam depositados no chão, precisamente no lugar onde habitualmente estão uns contentores de recolha, agora retirados porquanto os mesmos não se encontram temporariamente acessíveis às viaturas de recolha.

Avisos colocados na zona pela Divisão de Higiene Urbana da C.M.S. dão indicação onde o lixo deve ser depositado. A algumas dezenas de metros deste local, em três diferentes pontos de recolha.

No topo da Rua de Damão, entrando na Amílcar Cabral, podia observar-se uma dupla composta por um operário manobrando um soprador enquanto uma varredoura mecânica limpava e aspirava aquela zona da cidade.

A Câmara Municipal deverá fazer a sua parte, e bem, pela higiene e limpeza da cidade, mas nós, os comuns cidadãos também temos o dever de ser respeitadores e cumpridores das boas normas de higiene, caso contrário e, em última análise, seremos nós os principais prejudicados.

Só pode ser atribuído à má formação cívica de alguns poucos cidadãos o facto de ao invés de se deslocarem mais uns metros para colocar o lixo nos outros pontos de recolha o terem ali colocado no chão, onde os cães, gatos e talvez os ratos o possam espalhar com as nefastas consequências para a sua própria saúde.

Se esta ação se deve a “vingançazinha” pelos transtornos causados pelas obras, poderemos classifica-la como pura estupidez, falta de civismo e desrespeito pelos vizinhos.

Neste, como em outros caso será bom lembrar Maatha Gandhi quando um dia afirmou a propósito de semelhante situação de intolerância: “Olho por olho e o mundo acabará cego”.

Rui Canas Gaspar
2014-outubro-13

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sábado, 11 de outubro de 2014

Dona Ribeira do Livramento está desejosa de nova vida

Dona Ribeira do Livramento é palmelense, nasce algures entre as Serras de S. Luís e do Louro e vem correndo por essas serras abaixo, desde que se apaixonou pelo seu maravilhoso marido, o senhor Sado, sempre desejosa por o abraçar e beijar apaixonadamente.

Em tempos, quando ela era mais jovem, corria mais apressada.  Atravessava a várzea, perfumava-se com o agradável cheiro campestre e no Inverno até fazia questão de trazer consigo muitas e boas laranjas para oferecer aos setubalenses que acorriam até ao local da sua chegada, ali junto à doca de recreio, onde o Clube Naval Setubalense tem as suas instalações.

Os anos passaram e, como as forças já não são as mesmas, hoje já não corre célere pelas férteis terras onde muitas quintas produziam as mais variadas frutas e vegetais que alimentavam boa parte da população setubalense.

Ela que corria livre e despida de qualquer veste, viu os homens  primeiramente cobrirem-lhe desde a sua foz até ao Largo de Jesus, como que vestindo-lhe uma saia, neutralizando assim as simpáticas pontes por onde os habitantes de Troino e da Fonte Nova atravessavam para virem até à zona nascente.

Mais tarde, outros homens haveriam de cobri-la, desta vez até um pouco para norte do Parque do Bonfim, como se desta vez lhe envergassem uma camisa e, por cima dessa cobertura, construiriam avenidas a que deram o nome de 22 de Dezembro e de Independência das Colónias.

Com a construção da variante da Várzea, posteriormente batizada como Avenida da Europa, mais uma pequena cobertura foi feita, complementando o vestuário como se fosse um lenço a cobrir a cabeça da velha senhora. 

Agora é vê-la debilitada, sem forças para correr e sem o perfume de outrora. Coitada da pobre e velha senhora, que continua a passar ao lado daquelas casas em ruinas e dos campos onde já quase não são vistas as laranjeiras e muito menos as viçosas couves, alfaces e demais produtos hortícolas.

Dizem os homens que lhe irão dar um final de vida bem mais agradável. Que irão construir uma Estação de Tratamento de Águas Residuais, de forma a que o cheiro nauseabundo possa desaparecer. Dizem que irão reter algumas das suas águas tratadas e construir bonitos lagos e anunciam que naqueles abandonados campos por onde um dia correu livremente, crianças correrão também por amplos relvados repletos de frondosas árvores.

A velha e cansada senhora, aguarda agora esperançosa que os setubalenses, que tudo isto prometeram, o façam no mais curto espaço de tempo, dentro das suas possibilidades financeiras. Pois claro! porque os tempos não vão de feição…

Gostaria a dona Livramento que ao correr pela Várzea pudesse também ver estas obras bonitas mas também gostaria de olhar para algumas outras construídas por diversos homens que por ali labutaram há muitos anos, como por exemplo aquele bonito miradouro que dizem ter sido uma das primeiras obras em betão armado construído em Portugal e aquele pombal, que ainda serve de abrigo aos descendentes dos primeiros habitantes.

De facto, a asseada senhora agora não exala o melhor cheiro e está desejosa de tomar um bom banho e de se vestir de novo com a graça e cor de outrora, embora sabendo que as suas forças já não lhe permitem correr como então, antevendo, no entanto, que vai ter enorme prazer ao ver as crianças e seus pais virem deliciar-se com a sua simples presença.

Rui Canas Gaspar
2014-novembro-11

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sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Sentir a Arrábida na Avenida Luísa Todi

A cidade de Setúbal é comparada a uma bela pintura que foi cuidadosamente emoldurada pelo azul do seu Rio Sado e pelo verde da Serra da Arrábida.

Naturalmente a cidade sofre a influência da serra, com a qual confina e, por isso mesmo, é natural que, de quando em vez, os seus habitantes desçam à urbe para visitar quem cá reside.

Daí que das cobras rateiras, às raposas, passando pelos javalis estes nossos vizinhos já tenham sido avistados passeando pelas ruas e avenidas sadinas.

Mas, a cidade não recebe apenas a visita da fauna, também a flora da Arrábida está presente um pouco por todo o lado e foi assim que no passado mês de outubro, ao deslocar-me ao cemitério para me despedir de um velho amigo reparei que naquele local existiam bons medronhos já vermelhos, pelo que me deliciei com os saborosos frutos selvagens da nossa Arrábida.

Hoje, ao passar pela Avenida Luísa Todi, onde de entre variadas plantas podemos encontrar os bonitos folhados da Arrábida e amplas moitas de bem cheiroso alecrim reparei nuns arbustos com bagas azul-escuro e outros de bagas brancas.

Retirei uma baga e provei, comprovando aquilo que pensava, trata-se de martunhos, aquelas bagas silvestres com que os frades arrábidos fabricavam o delicioso licor, que a “Vida & Fortuna”, da Quinta do Anjo, diz ter a fórmula secreta para fabricar o “Arrábidine” o típico licor da Arrábida.

Avancei pela avenida e entrei na galeria do antigo Quartel do Onze, onde uma exposição de pintura mostra um pouco de 50 anos de trabalho daquele que é o pintor de Setúbal, Rogério Chora.

Depois de apreciar os trabalhos deste artista dei dois dedos de conversa com ele e depois aproveitamos para registar o encontro com uma foto junto a belos quadros da Arrábida.

Acabei a manhã, com cheiros, gostos e vistas da Arrábida mesmo sem sair da baixa da cidade.

Que maravilha, poder sentir a Arrábida andando apenas pela Avenida Luísa Todi!...

Rui Canas Gaspar
2014-outubro-10

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